O que é KYC?
Como explicado brevemente na introdução, o Know
Your Customer se refere a uma série de regras para que uma
organização principalmente as que atuam nos setores bancário e
financeiro conheça seu cliente a fundo. Para cumprir essas
normas, é preciso estabelecer processos de KYC, que permitirão
que as informações necessárias sejam coletadas.
As informações de renda, patrimônio e
investimentos de um cliente possibilitam identificar as
origens e o volume de seus recursos financeiros. Com isso, o
banco consegue apontar transações suspeitas, depósitos de
valores muito mais altos do que o normal e outras situações que
possam significar um caso de lavagem de dinheiro ou
financiamento ao terrorismo.
O KYC engloba também processos de identificação
do usuário e de elaboração de políticas de aceitação, assim como
meios de identificar e monitorar ainda mais de perto contas e/ou
clientes considerados de alto risco. Ao colocar em
prática soluções de verificação de identidade, é possível
garantir que uma pessoa é ela mesma e ainda descobrir se ela
precisa de monitoramento específico, como é o caso das Pessoas
Politicamente Expostas (PEPs).
Esses processos começaram a ser estabelecidos
pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia entre 2001 e
2003. Com isso, a organização que atua no fortalecimento da
solidez dos sistemas financeiros visou estabelecer procedimentos
a serem cumpridos igualmente pelas instituições do setor ao
redor de todo o mundo. Além de trazer mais segurança e diminuir
os riscos, portanto, o KYC também facilita o compartilhamento de
informações entre países.
No Brasil, o principal órgão atuando em prol do
KYC é a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem
de Dinheiro (Enccla). Criada em 2003 com o objetivo de propagar,
gerenciar e elaborar práticas e estratégias para combater
lavagem de dinheiro, corrupção, roubo de identidade e outros
crimes comuns dentro do cenário financeiro.
De lá para cá, muitas regulamentações mudaram,
outras tantas leis surgiram, os bancos digitais ganharam mais e
mais força e os cenários bancário e financeiro mudaram muito.
Mas a importância do KYC não apenas se mantém, mas cresce cada
vez mais.
Resumidamente, o proprietário do ativo/artigo
exótico tem que possuir o produto a ser vendido (transferido) e
o pseudo pagador tem que provar ter recursos para adquirir o que
diz estar interessado, afinal, quem terá que pagar será ele. |